quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

onde o palco da minha vida antiga encontra o elenco da nova.

... e lá vamos nós novamente para as expectativas, planos e resoluções que acarretam cada chegada de um novo ano, inteiramente brilhante e coberto de esperanças. mas seria um equívoco saudar os próximos 365 dias sem parar pra refletir a importância de 2008 pro resto da minha existência. eis a pretensão deste pequeno post.

2008 foi o melhor ano da minha vida em inúmeros aspectos diferentes. não foi um ano onde predominou a felicidade e o sorriso fácil, é verdade. aliás, a primeira metade dele foi marcada exatamente por dias nublados taciturnos e lúgubres, de uma nostalgia pálida e de uma saudade dos dias em que a vida era mais simples e não fazia-se necessário encarar nossas responsabilidades nos olhos e aceitá-las. 2008 foi o limite: não havia mais tempo nem desculpas, era hora de aceitar de uma vez por todas. e quando fiz isso, vi um fantasma que me assombrara por 2 décadas se esvair com extrema facilidade. chega a ser estúpido olhar para um ano atrás e ver tanta coisa que eu guardava pra mim, com medo do mundo. tanta coisa que transformei em barreiras na estrada da vida quando não passavam de pequenos buracos no asfalto. 2008 trouxe a clareza de que homossexualidade não caracteriza ou limita ninguém. não define sua personalidade, sua posição no mundo ou na sociedade, não te torna menor que ninguém. e, principalmente, de que uma característica biológica nunca será mais importante que o seu caráter.


2008 foi definitivamente o ano de crescer. seja no lado profissional, onde tive pela primeira vez um emprego de verdade. e mesmo que no momento eu esteja muito de saco cheio da casa do doce, é inegável o quanto eu cresci profissionalmente ali. não fui o funcionário do ano nem me empenhei devidamente, mas aprendi muito sobre responsabilidade. um aprendizado do cacete, de verdade. o amadurecimento sentimental também ficou evidente muitas das vezes. foi um ano de buscas, tentativas, paixões platônicas exacerbadas e (por que não?) de primeiros beijos. há, contudo, certa frustração por minha parte de acabar o ano sozinho, confesso. mas sei que esse processo de desventuras amorosas é parte integrante do nosso crecimento pessoal. devia ter acontecido há algum tempo atrás, talvez na pré-adolescência, mas eu sempre fui uma pessoa um tanto atrasada. (rs).


2008 foi o ano do gu, da ágatha, das minhas 2 bias, do phill, da lezinha, do di, da nati (leitora mais assídua desse blog, que fique registrado), da tassi, do mira, da gabi, da tia val, do bruno, do marcio, da fê... de todas as minhas pessoas. cada um exercendo sua importância na minha vida com suas singularidades... nada faria o menor sentido sem vocês.

e principalmente, 2008 foi um ano de transição. daqui há 30 anos, quando eu olhar pra trás pra analisar minha vida, eu terei pleno conhecimento de que o ano de 2008 foi aquele o qual eu criei coragem pra gritar ao mundo "HEY, EU SOU ASSIM E NADA E NINGUÉM VAI ME MUDAR!". como esteve convenientemente escrito no sub-título do meu blog durante o ano inteiro, "onde o palco da minha vida antiga encontra o elenco da nova". esse foi o ano de 2008.


e se 2008 foi o ano da teoria, tenho certeza absoluta que 2009 é o ano de exercer minha LIBERDADE no sentido mais amplo de sua conotação.


simbora, galera.. 2009 nos aguarda. ;)

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