quarta-feira, 26 de novembro de 2008

homenageada da semana: super tia cléia \o/


hoje é aniversário de uma pessoa realmente especial e pra mim fica impossível não gastar um pouco do meu tempo pra falar sobre uma das mulheres mais incríveis, divertidas e bacanas que conheço: ladies e gentleman, minha tia cléia.

a gente nem mora perto não, mas eu lembro que desde bem pequeno as vindas de tia cléia para friburgo eram muito esperadas, tanto porque a isis sempre vinha junto quanto pela proximidade que seu jeito irreverente proporciona. as pessoas que me conhecem sabem que não sou nem um pouco apegado à família, suas reuniões e tradições, mas quando tia cléia tá pela cidade eu faço questão de encarar as cerimônias familiares e suas presepadas etílicas (rs).

nos tempos em que estive operando então, a tia cléia mostrou total dedicação para com minha humilde e desimportante pessoa: me buscava na rodoviária, me enchia de comida (encher no sentido mais amplo da palavra, né não isis? rs), me levava pro hospital cedo da manhã e ainda tinha que aturar os rolos da falta de organização do hospital, como quando por 3 vezes seguidas minha operação foi cancelada ¬¬'. e pode passar a vida toda que eu nunca conseguirei retribuir tudo que ela já fez por mim, toda a boa vontade com que me auxiliou, não só durante o período de operações, mas durante toda a minha vida.

e tia, eu te amo viu? amo rir com você, falar bobagem, falar mal da vida alheia (nosso esporte favorito, né não? rs), amo seu jeito cativante, simpático, espontâneo e sincero e, principalmente, amo estar perto de ti onde quer que for. e, aproveitando esse dia, desejo-lhe toda a felicidade desse mundo, porque você realmente merece. =]

se alguém mais quiser dizer o que a tia cléia representa em suas vidas, fiquem à vontade pra deixar um comentário, okay?

feliz aniversário tia =]

domingo, 16 de novembro de 2008

enjoy the silence...

postar aqui exige, muitas das vezes, o máximo da minha inspiração. quando falo aqui, sinto como se estivesse desabafando, colocando todas as minhas frustrações e anseios em palavras escritas.

o engraçado é que, depois de mais de 48 horas completamente sozinho, eu não tenho nada a dizer. tentei o fim de semana inteiro fazer um post e agora, no fim melancólico do domingo, o que resta é contemplar o silêncio.

boa semana pra todo mundo.


"Words are very unnecessary

They can only do harm
Enjoy the silence..."

(depeche mode)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

e agora o que sobrou? um filme no close pro fim.

as coisas na vida tem o seu momento exato pra acontecer, agora eu percebo. se a gente age um pouquinho antes da hora, corre o risco de ser precipitado. se a gente espera mais do que devia, corre o risco de destruir toda a magia de algo que estava a ponto de acontecer. acreditem em mim, o timing faz toda a diferença.

não faz muito tempo, mas eu já sinto uma saudade íntima do começo de tudo; das primeiras vezes em que você foi à loja, dos primeiros olhares, dos chocolates repetidos e dos sorrisos abobados. lembro-me como minhas mãos tremiam quando eu te atendia, das coisas que passavam pela minha cabeça, dos comentários e conversas com gustavo e daquele friozinho na barriga proveniente da dúvida de saber se estava realmente acontecendo alguma coisa ou se era tudo uma ilusão da minha cabeça. acima de tudo, me causa nostalgia lembrar de quanta esperança se apossou do meu peito enquanto tudo aquilo estava acontecendo; a esperança de que talvez estivesse chegando o momento de finalmente dividir minha vida com alguém.

eu me entreguei aos poucos àquela esperança. gustavo sempre me dizendo pra manter os pés no chão, parar de cair de cabeça nas pequenas sutilezas emanadas por você, mas já não tinha mais volta, eu estava envolvido. decidido, acabei tomando atitudes como descobrir seu nome, te achar no orkut, passar meu msn e fui recompensado com um convite para sair. a noite não saíra como eu planejara, mas houve ali sutis sinais de que eu devia manter a chama da esperança acesa por mais um tempinho, que não estava tudo perdido ainda e que eu não havia me enganado a tal ponto. dias depois, já desesperado, acabei assumindo pra ti e, mesmo assim, agira como se não houvesse nada entre a gente. pra completar, conseguira destruir ainda mais minhas esperanças quando me pediu pra conversar com uma pessoa que faz parte de um passado que não me convém mais, o que abriu espaço em minha cabeça pra imaginar conspirações miraboladas pela mente de tal pessoa, que ainda hoje vigia minha vida como um paparazzi atrás da amy winehouse (rs).

era hora de voltar ao mundo real e confesso que não foi tão fácil assim. na situação em que eu me encontrava, eu precisava me prender em qualquer coisa que mostrasse que podia haver alguém pra mim nesse mundo e tudo o que eu conseguira com esses meses de expectativa foi outra decepção. tive mais ou menos uma semana de fossa, fiquei na minha, cabisbaixo, até mesmo um pouco depressivo. mas as coisas se acertaram dentro de mim e, aos poucos, me senti confortável com a idéia de que seríamos simplesmente amigos agora.

entenda que você teve todas as chances do mundo, porque eu estive ali o tempo todo esperando por aquilo. não venha me falar de medo, porque eu mandei todos os sinais possíveis e impossíveis pra que você percebecesse o que estava acontecendo dentro de mim. e quando finalmente aconteceu, o álcool nos ajudou a manobrar a situação com perícia e juro que não me arrependo de nada. mas o dia seguinte, com a cara amassada pela ressaca mostrou exatamente com o que estávamos lidando: meus sentimentos já eram outros e agora, despido dos óculos que me mostravam você de uma forma poética, sobrara apenas o que éramos realmente. e tivemos a pior semana do tempo que passamos juntos por causa disso, por finalmente ver de verdade quem éramos e perceber que éramos incompatíveis diante de nossas expectativas.

a verdade é que eu não posso regredir no tempo e voltar a ser a criança que você quer que eu seja. tampouco você pode amadurecer de repente e se tornar a pessoa que eu preciso do meu lado agora. portanto, não há saída.

"deixa ser como será. tudo posto em seu lugar (...)."

Los Hermanos - Retrato pra Iáiá

sábado, 8 de novembro de 2008

o menino que sobreviveu.

ontem foi aniversário de - com o perdão da hipérbole - umas 3 mil pessoas da minha família e eu fui em duas pequenas reuniões para comemoras tais datas: uma na casa da minha irmã e outra na casa da minha tia rose.

durante a segunda, quando já estávamos indo embora, meu pai comentou com um pequeno grupo de pessoas a respeito da minha operação e seus resultados. pediram então para que eu mostrasse como tinha ficado e tirei o boné sem problemas, recebendo reações positivas e elogios sinceros de que estava ótimo e quase imperceptíveis as marcas da queimadura. leandro, meu primo e também aniversariante do dia 7 de novembro, comentou então, em tom pesaroso:

"eu lembro da época que você estava no hospital, todo roxo, com a cabeça desse tamanho (esticando as mãos a uma distância de 30 cm uma da outra) por causa da inchação. "

em outro relato, tia rose disse:

"a imagem que mais me marcou de tudo foi quando cheguei ao hospital e o renato (meu pai) estava com você no colo, chorando descontroladamente, enquanto você estava em completo silêncio, a sopa escorrendo do seu corpo e molhando as costas do seu pai."

confesso que meus olhos marejaram com essa narração, mas karla, minha prima também, completou com bom humor:

"a verdade é que disseram: 'eita, esse cara tá bonitão demais, vai ficar vaidoso e se achando. precisamos dar um jeito nisso'. e daí te deram uma rasteira pra que você não ficasse se gabando muito.

okay, apelou nessa, karla (rs).

mas a verdade é que eu continuo aqui. minha vida tinha todos os motivos pra acabar naquela noite de 1987, mas uma reviravolta me deixou crescer praticamente intacto e tudo que resta agora daquele episódio são pequenas cicatrizes quase imperceptíveis no meu braço direito e algumas falhas no meu couro cabeludo. de uma tragédia que deixou minha cabeça do tamanho de uma bola de basquete sobraram marcas superficiais. e, o que eu me pergunto, é o porquê disso. por que ainda estou aqui se a vida teve a chance certa de me levar embora?

eu explico.

já faz praticamente 23 anos que estou ocupando espaço no planeta terra e até hoje eu não recebi um sinal claro e nítido do por quê de minha existência. eu podia simplesmente aceitar o fato de estar vivo, mas pra mim isso é pouco. eu acho que qualquer existência precisa de um motivo, porque é um pensamento medíocre demais acharmos que estamos aqui pra nascer, viver e morrer. e não falo de atos exorbitantes que mudam o trajeto do mundo, afinal, nem todo mundo é um alma evoluída e não nasce um john lennon todo dia, não é mesmo? (e quem não acha que os beatles são um fato que mudou o trajeto do mundo merece arder no mármore do inferno, rs). quando eu falo de um motivo pra existir, falo de coisas bem mais simples e sutis que podem ser de total irrelevância pra uma pessoa ambiciosa ou materialista demais. porque, na minha concepção, vir para o mundo apenas para trazer um sorriso para um rosto desamparado é completamente satisfatório. estar aqui simplesmente para completar a vida de alguém, para ser a outra metade, o alicerce é um ótimo motivo pra ter todos os dias os pulmões preenchidos de oxigênio. vir para amar, pra trazer bons pensamentos e boas ações devia ser o suficiente para cada pessoa achar um bom motivo pra estar vivo.

mas eu fico meio puto de olhar pro reflexo do espelho e ver um nada materializado. de não estar completando a vida de ninguém, de não estar propagando nenhuma boa atitude num mundo que tanto está precisando ou de estar pra não ser somente mais um acomodado com a mediocridade. eu sei que não tenho capacidade de ser um marco na história e nem tenho ambição para tanto, tampouco tenho tendência ao altruísmo mas eu me contentaria em ser alguém, sabe? em olhar pro espelho, abrir um sorriso e dizer: "você é a metade da vida de alguém. é o motivo do sorriso de alguém. você ama alguém e esse amor é retribuído. você tem um motivo para acordar toda manhã. você não está nesse mundo à toa, cara." mas tudo o que tenho todos os dias é um trabalho onde as pessoas me olham de cima, como se eu estivesse no meu exato lugar e nada além de ser um balconista-carregador-de-caixas estivesse guardado no meu futuro. a cada dia, meu coração se acostuma mais com a solidão, a ponto de às vezes eu desejar ficar sozinho mesmo e me sentir absolutamente confortável com isso.

de certa forma, eu sou o menino que sobreviveu, assim como o harry potter. ele, sobreviveu pra salvar o mundo dos bruxos. eu, se conseguir salvar pelo menos o meu, já estarei deveras satisfeito.

domingo, 2 de novembro de 2008

useless top five - festas frustradas

meu computador finalmente retornou ao seu lar e, para festejar, nada melhor que um useless top 5 listando as 5 piores festas da história \o/

para quem não se lembra, o useless top 5 (top cinco inúteis) é um quadro fixo do meu blog que enumera periodicamente os 5 melhores numa categoria irrelevante e sem importância alguma. e no post de hoje eu vou relembrar as 5 festas onde tudo deu errado, o álcool passou da conta e o bom senso foi inexistente. uma breve exposição das boas lembranças de minha adolescência.

5º lugar: luau da carina no amparo

- cúmplices: gustavo, filipe, diego e ísis.

essa festa já começou errada antes mesmo de chegarmos lá: quando estávamos saindo da minha casa, rodolfo, um mendigo-celebridade aqui do bairro estava mijando na frente do portão. segundo o depoimento de filipe, que analisou minuciosamente as partes íntimas do eterno chapolim, seu orgão genital estava parecendo uma linguiça de frango, graças à doença de pele que ele adquiriu e que afeta a pigmentação de sua pele. depois disso pegamos o ônibus, e após uma longa viagem (amparo é um distrito rural e fica há uns 30 minutos da cidade), chegamos ao sítio onde aconteceria a festa.

com o álcool liberado, não foi difícil para mim e para o diego - na época, sempre os dois primeiros a ficarem embriagados - perdermos rapidamente a consciência de nossos atos. digamos que diego passou a noite com uma das toalhas de mesa sobre a cabeça fazendo a dança do fantasma no meio da pista. em momentos mais corajosos, ele arriscava brilhantemente o moonwalk, pra delírio de todos que já estavam com a barriga doendo de tanto rir da cara dele.

já eu me encontrava jogado numa mesa, no meu estado depressivo já inerente dos meus porres. entreguei uma rosa a uma das meninas, no melhor estilo boêmio e vomitei na parte de trás da casa, escondido dos demais convidados. maik, o namorado da carina, insistia para me levar para casa, mas eu relutava, decidido a ficar ali enquanto houvesse álcool.

filipe e gustavo, enquanto isso, partiam para o flerte: quem gustavo beijou eu não lembro, mas como esquecer a mulher peluda com quem filipe se atracou sem vergonha nenhuma? (rs). e o pior de tudo é que um ex-namorado da bigoduda estava por lá, o que quase rendeu uma briga. os seguranças interviram, para sorte do filipe, porque se ele apanhasse por beijar um demônio daqueles, ele tomaria outra coça minha no dia seguinte (rs).

passados os momentos de tensão e embriaguez, coisas estranhas começaram a acontecer. sem muitos detalhes, diego e sua tática da manha-pós-álcool fizeram mais uma vítima, filipe quase teve um filho de tanto ciúme e gustavo me ridicularizou, me apresentando bêbado a uma menina - na verdade, ele queria pegar a amiga dela. ele sempre usava essas táticas ¬¬'.

passei mais ou menos 1 hora dando idéia na menina, gastando minhas péssimas cantadas e dizendo coisas estúpidas como "você é a mulher mais linda que eu jás vi". (rs). e na hora de ir embora, fui deitado no ombro dela, com a ânsia de vômito corroendo meus nervos. mesmo depois de todo esse esforço, não consegui arrancar um beijo da menina, o que rende a essa festa o 5º lugar desse useless top 5.

(na foto abaixo, a única prova ocular dos vergonhosos acontecimentos daquela noite de sábado. por bom senso, nenhuma outra foto foi tirada, rs).


4º lugar: formatura da carina na sef


- cúmplices:
gustavo, filipe, diego e danúbia.

tem gente que não aprende a lição mesmo: depois de toda a vergonha feita no luau, eis que carina nos aparece vendendo convites para sua festa de formatura, novamente com bebida e comida liberadas. óbvio que não seríamos imbecis de perder uma bocada dessas e lá ficamos nós por mais de uma hora na fila até a portaria ser liberada. nesse tempo, já bêbados, fizemos amizade com algumas ladies deveras perturbadas que moravam logo ali do lado e demos boas risadas com elas.

entretanto, quando a entrada finalmente foi liberada, o efeito etílico em nossas mentes já tinha nos abandonado e, caretas, não conseguimos aproveitar muito a festa, não. mas lembro que lá foi a primeira vez na vida onde ouvi a belíssima melodia do mc créu. a primeira vez a gente nunca esquece (rs).


tudo bem que a festa não estava lá essas maravilhas, mas quando as bebidas foram finalmente liberadas, filipe fez um favorzinho pra gente: um ex-namorado da ex-namorada [?] do gustavo estava por lá, doido pra arranjar treta com ele. gustavo tava bem na dele, se contendo, mas filipe (que na época fazia tiro de guerra e esta se achando o tom hanks em soldado ryan) deu um tapa na cara do rapaz e arranjou uma confusão dos diabos. o segurança apartou a briga e nos convidou, educadamente, para nos retirarmos da festa. ¬¬'

uma hora de fila. 30 minutos na festa. frustração total, 4º lugar.

3º lugar: 746 american bar

- cúmplices: filipe, gustavo, diego, marcinho, fernanda, ingrid e lauane.



nós praticamente passamos nossa adolescência no 746, a única boate da qual gostávamos de friburgo. e das várias vezes que fomos lá, não foram poucas as que o álcool foi um pouquinho demais, mesmo que a bebida liberada fosse até meia noite e nós chegássemos sempre às 11:59. mas uma em particular foi a mais vergonhosa de todas.

era uma noite onde a área vip da festa era só para as mulheres e acabei encontrando com a lauane por lá. ela estava na área vip, extraviando copos de vinho pra gente (rs). misturados com as tequilas (que até hoje há dúvidas se realmente eram tequilas ou pirasssununga misturada com alguma coisa) e com as cervejas, o efeito foi rapidamente desastroso: caí na parte externa da boate, agarrado à lixeira,quase vomitando o estômago junto. a queda de pressão me causou um frio intenso e fernanda tirou seu bolero e me deu para que eu me aquecesse. enrolei meus braços ao pequeno tecido, deitei no chão de concreto e fiquei por ali tremendo, até finalmente melhorar (algumas horas depois).

naquela mesma noite eu reencontrei a lau, nos abraçamos e talz e eu disse no ouvido dela: "eu não posso te beijar, eu estou todo vomitado". romântico, não? (rs). daí alguém veio tirar fotos e eis que saímos num site de festas desse jeito, completamente bêbados:

notem o bolero da fernanda ainda pendurado em meus ombros. tsc, quanta vergonha! 3º lugar. >.<

2º lugar: churrasco do p******.

- cúmplice: filipe.

tenebroso, assustador, vergonhoso, embarassador... faltam adjetivos para caracterizar aquela noite, onde entrei de gaiato num churrasco de certos amigos do filipe. nenhum nome dos presentes será citado, para vocês terem noção do nível de vergonha que essa pequena reunião pode proporcionar a quem estava lá. usarei pseudônimos e manterei em segredo a identidade das pessoas envolvidas.

era noite de sexta feita e filipe me chamou pra ir no tal churrasco. eu não tinha grana para pagar, mas filipe conversou com jurema e ela deixou eu entrar mesmo assim. jurema é um amor, beijos para ela (rs). o churrasco estava acontecendo numa laje, onde também ficava o quarto do dono da casa e, de início, todo mundo estava bem comportado. mas bastou uma garrafa de vodka de segunda qualidade com um drops de bala halls para neguim perder a cabeça. diante de uma trilha sonora bem poética ("quero que o mundo se acabe em b*ceta / só pra eu morrer f*dendo / quero que o mundo se acabe em p*roca / só pra eu morrer sentando"), jurema, duda e creusa rebolavam, se agarravam, levantavam a saia, caiam na cama de pernas pro ar e repetiam o refrão aos berros, fazendo daquelas palavras sua meta de vida. então jurema foi pro quarto com seu namorado e trancou a porta, pra momentos depois relatar que o cara era um frouxo e não partiu pro ataque.

mas o dono da casa não fez o mesmo: facilmente adalberto levou creusa pra rede e lá os dois fizeram momô gostoso (lol). o problema é que, mesmo trancando a porta que levava da laje pro quarto, as laterais da casa davam passagem para a varanda e, o que devia ser um momento íntimo virou um verdadeiro big brother: todo mundo acompanhou junto os movimento frenéticos na rede. pura putaria imprópria pra menores de 18 anos. rolam boatos de que juquinha, o mais novo de todos os presentes ficou ao lado da rede, masturbando-se deliberadamente. isso eu não vi, mas diante da libertinagem que presenciei, não duvido nada que possa ter acontecido. mesmo porque juquinha tem cara de quem faz essas coisas (rs).

quando acabaram o ato, adalberto apareceu sem camisa, virou uma garrafa de alguma bebida alcóolica no gargalo e respirou fundo, teatralmente. seus amigos, inclusive o frouxo namorado de jurema, o abraçavam e o congratulavam, enquanto eu, encostado numa das beiradas da laje, assistia a tudo incrédulo, abanando a cabeça. chamei filipe pra ir embora, mas ele insistia em ficar. o sem-noção ainda chamou creusa de piranha e a menina começou a chorar, dizendo que ter dado pro adalberto assim não fazia dela uma piranha [???????]. demoraram a conseguir acalmar a menina, com conselhos poéticos e relatos sobre suas próprias vidas. um espetáculo!

é desse freak-show apelidado de churrasco o 2º lugar do useless top 5: festas frustradas.

1º lugar: festa de formatura do CNSD

- cúmplices: gustavo, filipe, diego e josué.

o primeiro porre a gente nunca esquece. essa afirmação é de tamanha sabedoria, já que a primeira vez que caí de bêbado é até hoje um dos dias mais vergonhosos da minha existência.

quando eu e gustavo chegamos à rua, ingenuamente com uma long neck em mãos cada um, filipe, diego e um grupinho de amigos já estavam alucinados de tanto álcool. junte a isso uma garrafa de vinho conseguida com algumas amigas do diego e doses generosas de ypióca e você terá um quadro um tanto desastroso: diego caindo de cara na porta de ferro de uma loja, eu correndo atrás dele para pisar nos seus tênis novos, risadas exageradas, tombos e finalmente, ambos jogados no meio da praça do suspiro, praticamente desacordados.

diego começou a vomitar todo o macarrão que ele tinha comido na janta e eu, deitado próximo a ele, o acompanhei no processo de regurgitar as últimas refeições. alguém foi comprar paçoca e tentaram empurrar o doce de amendoim sua goela abaixo, mas ele colocava o doce todo pra fora novamente. quando tentava levantar-se, ele deitava em cima do vômito, sem ter ciência da cara de nojo com que as pessoas estavam o olhando. perdão por estar narrando as desventuras do diego ao invés das minhas, mas é que não tenho qualquer lembrança das minhas atitudes nesse dia. dizem que eu tirei a camisa, a joguei no chão e comecei a pisar em cima, a seu madruga style. mas eu lembro perfeitamente que achei que ia morrer aquele dia (rs).

o que vou contar agora é um dos fatos mais vergonhosos da história da nossa amizade: vendo o estado em que eu e diego nos encontrávamos, filipe e gustavo não mudaram de idéia e foram para a festa, nos deixando jogados ali naquela praça, sem a mínima preocupação se ficaríamos bem. e, além disso, deixaram outro bebum sobre meus cuidados, o josué, que tava tão péssimo quanto a gente.

eu tinha consciência de que agora precisava melhorar. vomitei tudo que tinha pra vomitar até só sobrar aquele ácido amarelo do estômago e, me sentindo um pouquinho melhor, carreguei josué e diego pra baixo da casinha do teleférico. fazia um frio desgraçado e tive que aquecer os dois com meus braços, enquanto eles balbuciavam palavras indecifráveis e tinham vertigens. graças a deus ambos já haviam parado de vomitar, senão eu seria alvo fácil para a comida regurgitada. o tempo ia passando e, quando consegui finalmente ficar de pé, fui caçar um táxi pra nos levar pra casa. despachei josué na casa dele e tive que subir as escadas de casa carregando diego. como gratidão, ele ainda vomitou o banheiro da minha casa, deixando a marca da festa mais frustada da história nos azulejos. primeiro lugar.